segunda-feira, 31 de outubro de 2011

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Charge Migração

Filme: Perdidos na noite

Prepare seu coração, para uma história emocionante. Com umas das melhores atuações da história do cinema. Estrelando os Ganhadores do Oscar, Jon Voight* e Dustin Hoffman**.
O filme de John Schlesinger conta a história de Joe Buck (Voight), um Cowboy que sai de sua cidadezinha no Texas rumo a New York para tentar ganhar a vida.
Na intenção de se prostituir, Joe acaba conhecendo o pilantra aplicador de pequenos golpes Ratso (Hoffman). Onde o começo de sua grande e comovente amizade traduz que a vida na cidade grande não é tão fácil como se parece.
O filme recebeu a indicação ao Oscar de Melhor Ator(Jon Voight e Dustin Hoffman), Melhor Atriz Coadjuvante(Sylvia Miles), e Melhor Edição. Ganhou o Oscar da Academia de Melhor Filme, Melhor Diretor, e Melhor Roteiro Adaptado.

Migração para São Paulo Diminuiu nos últimos anos

São Paulo é o estado mais populoso do Brasil e a terceira unidade política mais populosa da América do Sul, sendo superada apenas pelo próprio país e pela Colômbia, à frente de todos os outros países sul-americanos. Sua população é a mais diversificada do Brasil e tem o maior poderio econômico do país. O estado possui bons índices sociais, tais como o terceiro maior Índice de Desenvolvimento Humano, o segundo maior PIB per capita, a segunda menor taxa de mortalidade infantil e a quarta menor taxa de analfabetismo entre as unidades federativas do Brasil. Por isso é conhecida como a "locomotiva do Brasil" e tinha um histórico elevado de migração que acontecia principalmente pela inconstância dos ciclos econômicos de uma economia planejada e também por desastres ecológicos. Um exemplo de migração foi aquela devido às secas que assolaram o Nordeste brasileiro na década de 1960, que fizeram com que milhares de pessoas abandonassem suas casas no sertão brasileiro por falta de alternativa agrícola e políticas sociais na região. Isto se deu por dois motivos: o início do Ciclo da Borracha e a grande seca que assolou a região Nordeste. Destaca-se também a movimentação de imigrantes nordestinos e sulistas em busca de uma vida melhor na Região Sudeste do País, único pólo industrial brasileiro na década de 1970.
Porem, como resultado, a população de São Paulo passou de 36. 974.000 milhões em 2000 para 41.252.000 milhões de habitantes em 2010. Os dados são de pesquisa divulgada pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), com base nos resultados IBGE. Mas o dado que mais chama a atenção dos pesquisadores aponta para a queda brusca do saldo migratório dos 39 municípios da Região Metropolitana de São Paulo. Considerada a região do Estado mais atraente na década de 1990 a 2000, recebendo 24.399 pessoas por ano, passou a perder anualmente 30.362 migrantes. "Uma das hipóteses para explicar esse movimento é que outras cidades do Centro-Oeste, Nordeste e Norte ficaram mais atraentes”, diz a pesquisadora Sônia Perillo, analista de projetos da Fundação Seade.
A diminuição do fluxo de migrantes para São Paulo na última década foi decisiva para que o Estado registrasse o menor crescimento populacional dos últimos 70 anos. Entre 2000 e o ano passado, São Paulo recebeu 47.946 migrantes por ano, valor que corresponde a um terço do total registrado na década anterior. No auge da migração em São Paulo, entre os anos 1970 e 1980, o fluxo anual de migrantes era 6,4 vezes maior do que o atual. "Houve redução nessa migração em que a pessoa percorre muitos mil quilômetros movidos pela oferta de trabalho. A tendência é continuar a diminuir", diz Antônio Tadeu (Seade)

Fontes:
http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia/2011/07/15/ibge-comprova-queda-da-migracao-no-brasil.jhtm 

http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Paulo 

http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,grande-sp-agora-mais-perde-que-ganha-migrantes,708683,0.htm

Entrevista


1-    Sabemos que você tem 22 anos e que não é natural de São Paulo. De onde você é, há quanto tempo está em São Paulo?

Faz três anos que moro em São Paulo, desde final de 2009. Nasci em Jacupiranga interior de São Paulo. Aos 15 anos, logo após a separação dos meus pais, fui morar em Curitiba com minha mãe e meus irmãos. Na época ficava dividido entre ficar na casa do meu pai no interior, ou na minha mãe em Curitiba, então ficava indo e vindo até que se reconciliaram.  Aos 19 percebi que era hora de morar sozinho, atingir minha independência financeira, e comecei a procurar um lugar pra morar, foi quando surgiu uma oportunidade de vir pra SP.

2-    Você veio sozinho, veio com alguém, sua família te deu apoio, como foi essa mudança?

Vim com os pais de um amigo meu que já morava aqui para um aniversário num final de semana. Era pra ficar um mês e acabei ficando 8 meses na casa deles até arrumar um emprego. Meus pais não apoiaram, achavam que era mais um momento de rebeldia, diziam que não daria certo, até perceberem que era o que eu queria de verdade. No período que fiquei na casa desse meu amigo, ajudei na padaria da família, adquirir experiência em atendimento com os serviços que prestava lá. Fui muito bem tratado, e me tornei muito amigo de todos, pois tentava me comportar e ajudar no que podia para retribuir a hospedagem e o apoio. Mais tarde, conhecendo melhor a cidade, comecei a trabalhar num restaurante e fui morar numa pensão.

3-    Você ficou com a família por 8 meses, ajudou na padaria para retribuir o apoio e logo que arrumou um emprego se mudou. Conta como foi essa transição e fale um pouco sobre a vida na pensão?

Achei uma pensão no bairro da Bela Vista em SP, lá conheci pessoas, fiz novas amizades com pessoas de outros lugares, mas não deixei de vê-los nem de ir aos finais de semana para contribuir nos serviços da padaria, afinal de contas eles me tratavam como neto, e me apoiaram mais do que minha própria família. Mudei para outra pensão logo depois, a atual não é tão boa quanto a primeira que morei em SP, mas se encaixa melhor dentro do meu orçamento.


4-    Depois de trabalhar na padaria, ir para o restaurante, quais foram suas experiências de trabalho em São Paulo?

Trabalhei dois meses no restaurante, acabei saindo por ter ficado doente. Meu primeiro emprego de carteira assinada foi numa loja de CDS. Trabalhei nesta loja durante um ano e fui para concorrente por um salário melhor, logo em seguida fui dispensado porque o trabalho era temporário de fim de ano e eu não sabia. Por ter sido um bom funcionário acabei sendo aceito de volta ao emprego da loja anterior no qual estou até hoje.

5-    O que te levou a voltar estudar, iniciar uma faculdade, escolher design gráfico?

Falar da faculdade é interessante. No interior, sentado numa praça da cidade, sem fazer nada da vida, vendo meus amigos passar nos ônibus indo para faculdade, pensei: “porra! que merda estou fazendo aqui¿ todo mundo indo estudar e eu aqui á toa!”. Foi aí que comecei a pensar no quê fazer. Sempre tive habilidades para desenho, por isso pensei em design ou arquitetura. Meu foco quando cheguei a SP era me estabilizar. No começo deste ano, conseguir priorizar os estudos, e decidi me inscrever no curso de Design Gráfico da UNIP.


6-    Então você está na faculdade de Design, porque você gosta e esta ligado a artes?

Sim, eu sempre gostei e também é o segmento que mais tem haver comigo. Eu gosto de cinema, gosto de geografia, língua portuguesa, história, mas o que se enquadra mais no meu perfil é tudo que esta ligado a arte.

7-    Você disse que desenha e gosta de desenhar, quando descobriu esta habilidade?

Minha mãe me fala que quando criança fiz um rabisco, ela me perguntou o que era e eu disse que era de carne moída. Descobri que ela tinha guardado este desenho até alguns anos atrás. Meus pais sempre me incentivavam, jaz fiz trabalhos free lancer para eventos de festa de criança, caricaturas sem experiência nenhuma. Eu sei pintar algumas telas, trabalhos manuais. Na área gráfica mesmo não tenho tanto conhecimento, espero adquirir na faculdade.


8-    Vejo que você tem um hobby, está sempre com skate na mão. Você leva a sério o esporte?

Eu ando de skate desde 2004, sou amador. Tenho vários amigos que focam no esporte, mas eu prático por distração e porque me diverte, já que não tem quadra de futebol perto de casa, ando de skate, mas nada sério.

9-    Welisson, como você espera estar depois da faculdade, qual sua projeção de vida daqui uns 5 anos?

O que eu queria mesmo era estar morando sozinho, ter uma namoradinha, ter um cachorro, mas como não sou dono do meu futuro, espero pelo menos estar ganhando um pouco mais pra não ter que precisar morar em pensão.  Gostaria de começar outro curso, depois de finalizar este na aera de publicidade e seguir carreira na aérea de ilustração já que artes é um caminho mais difícil, mesmo amando artes plásticas sei que é menos comercial e por isso pretendo investir no que eu possa ter rendimentos rápidos.