segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Entrevista


1-    Sabemos que você tem 22 anos e que não é natural de São Paulo. De onde você é, há quanto tempo está em São Paulo?

Faz três anos que moro em São Paulo, desde final de 2009. Nasci em Jacupiranga interior de São Paulo. Aos 15 anos, logo após a separação dos meus pais, fui morar em Curitiba com minha mãe e meus irmãos. Na época ficava dividido entre ficar na casa do meu pai no interior, ou na minha mãe em Curitiba, então ficava indo e vindo até que se reconciliaram.  Aos 19 percebi que era hora de morar sozinho, atingir minha independência financeira, e comecei a procurar um lugar pra morar, foi quando surgiu uma oportunidade de vir pra SP.

2-    Você veio sozinho, veio com alguém, sua família te deu apoio, como foi essa mudança?

Vim com os pais de um amigo meu que já morava aqui para um aniversário num final de semana. Era pra ficar um mês e acabei ficando 8 meses na casa deles até arrumar um emprego. Meus pais não apoiaram, achavam que era mais um momento de rebeldia, diziam que não daria certo, até perceberem que era o que eu queria de verdade. No período que fiquei na casa desse meu amigo, ajudei na padaria da família, adquirir experiência em atendimento com os serviços que prestava lá. Fui muito bem tratado, e me tornei muito amigo de todos, pois tentava me comportar e ajudar no que podia para retribuir a hospedagem e o apoio. Mais tarde, conhecendo melhor a cidade, comecei a trabalhar num restaurante e fui morar numa pensão.

3-    Você ficou com a família por 8 meses, ajudou na padaria para retribuir o apoio e logo que arrumou um emprego se mudou. Conta como foi essa transição e fale um pouco sobre a vida na pensão?

Achei uma pensão no bairro da Bela Vista em SP, lá conheci pessoas, fiz novas amizades com pessoas de outros lugares, mas não deixei de vê-los nem de ir aos finais de semana para contribuir nos serviços da padaria, afinal de contas eles me tratavam como neto, e me apoiaram mais do que minha própria família. Mudei para outra pensão logo depois, a atual não é tão boa quanto a primeira que morei em SP, mas se encaixa melhor dentro do meu orçamento.


4-    Depois de trabalhar na padaria, ir para o restaurante, quais foram suas experiências de trabalho em São Paulo?

Trabalhei dois meses no restaurante, acabei saindo por ter ficado doente. Meu primeiro emprego de carteira assinada foi numa loja de CDS. Trabalhei nesta loja durante um ano e fui para concorrente por um salário melhor, logo em seguida fui dispensado porque o trabalho era temporário de fim de ano e eu não sabia. Por ter sido um bom funcionário acabei sendo aceito de volta ao emprego da loja anterior no qual estou até hoje.

5-    O que te levou a voltar estudar, iniciar uma faculdade, escolher design gráfico?

Falar da faculdade é interessante. No interior, sentado numa praça da cidade, sem fazer nada da vida, vendo meus amigos passar nos ônibus indo para faculdade, pensei: “porra! que merda estou fazendo aqui¿ todo mundo indo estudar e eu aqui á toa!”. Foi aí que comecei a pensar no quê fazer. Sempre tive habilidades para desenho, por isso pensei em design ou arquitetura. Meu foco quando cheguei a SP era me estabilizar. No começo deste ano, conseguir priorizar os estudos, e decidi me inscrever no curso de Design Gráfico da UNIP.


6-    Então você está na faculdade de Design, porque você gosta e esta ligado a artes?

Sim, eu sempre gostei e também é o segmento que mais tem haver comigo. Eu gosto de cinema, gosto de geografia, língua portuguesa, história, mas o que se enquadra mais no meu perfil é tudo que esta ligado a arte.

7-    Você disse que desenha e gosta de desenhar, quando descobriu esta habilidade?

Minha mãe me fala que quando criança fiz um rabisco, ela me perguntou o que era e eu disse que era de carne moída. Descobri que ela tinha guardado este desenho até alguns anos atrás. Meus pais sempre me incentivavam, jaz fiz trabalhos free lancer para eventos de festa de criança, caricaturas sem experiência nenhuma. Eu sei pintar algumas telas, trabalhos manuais. Na área gráfica mesmo não tenho tanto conhecimento, espero adquirir na faculdade.


8-    Vejo que você tem um hobby, está sempre com skate na mão. Você leva a sério o esporte?

Eu ando de skate desde 2004, sou amador. Tenho vários amigos que focam no esporte, mas eu prático por distração e porque me diverte, já que não tem quadra de futebol perto de casa, ando de skate, mas nada sério.

9-    Welisson, como você espera estar depois da faculdade, qual sua projeção de vida daqui uns 5 anos?

O que eu queria mesmo era estar morando sozinho, ter uma namoradinha, ter um cachorro, mas como não sou dono do meu futuro, espero pelo menos estar ganhando um pouco mais pra não ter que precisar morar em pensão.  Gostaria de começar outro curso, depois de finalizar este na aera de publicidade e seguir carreira na aérea de ilustração já que artes é um caminho mais difícil, mesmo amando artes plásticas sei que é menos comercial e por isso pretendo investir no que eu possa ter rendimentos rápidos.

5 comentários:

  1. O textos estão bem legais. Cuidado com o tamanho das imagens postadas para não invadir outros campos e procurem manter o mesmo tamanho de fonte nos textos. Há outro blog utilizando a mesma imagem de fundo que vocês utilizaram.

    ResponderExcluir
  2. Esqueci de dizer,Blog sobre controle!!!

    ResponderExcluir
  3. BLOG COTIDIAANO - O assunto abordado é rico de informações numéricas já que se trata de São Paulo, mas não pude deixar de reparar em um pequeno erro de acentuação e uma palavra errada no texto sobre a Migração. Em relação as fotos acho que ficou desalinhada ao layout da página, mas contanto, a entrevista ficou boa.

    ResponderExcluir
  4. Como todos nos fomos pego de surpresa pelo velho mestre, sei que não tivemos muito tempo para nos aprofundar em textos mas eu achei que na entrevista com o Welisson no inicio dela já tinha que ter o nome dele para quem estiver lendo não ficasse perdido, mas ficou legal o assunto é interessante.

    ResponderExcluir
  5. Achamos legal a entrevista e o tema abordado. Interessante saber os motivos que levam os designers a mudarem de cidade para estudar. Na entrevista faltou uma pequena introdução apresentando o entrevistado, mas de resto está tudo muito bom!
    Parabéns!

    http://unipdg.blogspot.com/

    ResponderExcluir